quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Capítulo 40: A Idade Média e Feudalismo

A queda do Império Romano marca na história o fim da Antiguidade e início da Idade Média. Alguns historiadores consideram este período como um tempo marcado pela fome, doenças, má produção artística e confrontos intermináveis. Por isso também é chamada de Idade das Trevas.

Durante o século V, o território que antes era dos romanos agora pertence a várias tribos bárbaras.

Um dos principais povos formaram o Reino dos Francos. Diferente dos outros reinos bárbaros, os francos conseguiram manter estabilidade por muito tempo. A primeira dinastia franca foi a dos Merovíngios. Leva esse nome por causa de Meroveu, que juntou os francos para enfrentarem os Hunos, na Batalha dos Campos Catalúnicos.



O mais importante rei merovíngio foi Clóvis, neto de Meroveu, que em 507 na Batalha de Vouillé, derrotou os visigodos e expandiu o reino. Mas sua maior mudança foi se converter ao Cristianismo, ganhando atenção do Papado (que vivia no Império Bizantino). Foram construídas então algumas igrejas e mosteiros no reino.



Em 751 o rei merovíngio é deposto, até mesmo com autorização do Papa, e Pepino, o Breve, assume. Pepino inaugurou a Dinastia Carolíngia.



Foi o filho de Pepino, Carlos Magno, que expandiu o reino franco. Ele era um cristão devoto, e graças a isso a Igreja Católica, sob liderança do Papa Leão III, se aliou a ele, dando até o título de imperador em 800, em uma tentativa de reerguer o Império Romano do Ocidente.
Como o império estava bem grande, Carlos Magno dividiu o território e criou os condados, ducados e marcas, que eram chefiados por condes e duques. Cada conde e duque era responsável por administrar seu território, e deviam obediência o imperador.
O Reino dos Francos vai gerar alguns outros territórios, que serão muito importantes mais tarde.


A Idade Média ficaria gravada justamente pelo poder da Igreja. Ela agia não só como poder religioso, mas também político e às vezes militar.

Surgia também o sistema do Feudalismo. O feudalismo se baseia na agricultura como fonte econômica, e a principal força de trabalho é a servil. A relação básica era entre os Vassalos e Suseranos.



Os Suseranos eram nobres donos de terra e os vassalos os trabalhadores destas terras. Esse sistema criou uma pirâmide social bem definida, onde as pessoas quase não podiam mudar de classes sociais, ou seja, não havia mobilidade social.
No topo da pirâmide estava o clero, que era a Igreja e seus sacerdotes, monges e padres. Membros dessa classe não precisavam pagar impostos e ainda recebiam o dízimo, um imposto em que 10% da produção das terras era destinada a Igreja. Se fortaleciam cada vez mais com o tempo. 



Logo depois vinham os suseranos e a nobreza. Os suseranos possuíam grandes terras e vassalos para servirem. O suserano mais poderoso era o rei. Alguns historiadores discordam desta colocação, e muitas vezes vemos os nobres no topo e o clero no meio.



E na base da pirâmide vinham os vassalos, ou servos. Eles eram camponeses sem muito poder aquisitivo, e deveriam realizar alguns serviços e impostos: a Corveia consistia em um trabalho na terra de um suserano, 3 ou 4 dias por semana; a Talha, em que o servo deveria dar parte do que conseguia produzir ao dono da terra; a Banalidade, que era uma taxa que o servo deveria pagar para usar instrumentos das terras, como o moinho, celeiro ou forno; além de alguns outros.



Porém esse sistema era meio injusto com as camadas mais pobres, e isso gerou algumas rebeliões. A necessidade de defesa dos nobres exigia a criação de castelos, que se tornaram marca registrada da Idade Média. Além do mais, como eu já disse, a Idade Média é marcada por muitos problemas, que veremos nos próximos capítulos.




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Até a próxima postagem!

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